sábado, 16 de abril de 2011

Ultramaratonista dá a volta no Brasil para ajudar crianças com câncer

Carlos Dias corre em frente ao Pelourinho / Fonte: Eduardo Martins | A TARDE

Por Diego Adans para A Tarde

Participar de uma maratona não é tarefa fácil. Afinal, são 42 195 metros de distância. Agora, imagine então correr uma ultramaratona, ou melhor, dar a volta no Brasil? Pois é. Muitos poderiam pensar em loucura, devaneio ou algo do tipo. Não é o que julga Carlos Roberto Lima Dias.

Aos 38 anos, o ultramaratonista topou o desafio. Não por dinheiro, mas sim por uma causa nobre. Carlão, como é mais conhecido, corre pelo projeto “Passos Solidários”, que arrecada fundos para o Hospital do Graacc – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. A fórmula é simples: por meio de seu blog (clique aqui para acessar),  além de contar o seu dia a dia, Carlos coloca à venda cada quilômetro percorrido ao preço de R$ 2.

Até agora, porém, foram vendidos apenas 1189 km. “É pouco ainda. Quero ajudar essas crianças e não viso recorde pessoal, dinheiro, nada disso”, ressalta. O ponto de partida aconteceu em 24 de setembro de 2010, no Pavilhão de Exposição do Anhembi (São Paulo), onde aconteceu a Adventure Sports Fair. Até agora, o paulista de São Bernardo dos Campos percorreu  9.779 quilômetros (dos 18.250 km) em 200 dias, passando por 20 estados brasileiros. A chegada à capital baiana foi na sexta-feira. Amanhã, às 5h, parte rumo a Vitória, no Espírito Santo. “É raro ter tantos dias de folga. Há ocasiões, que ando 18 horas seguidas. É muito complicado, já que ando sozinho ”, destaca Carlos, que, em média, percorre 50 quilômetros diariamente. O fim do desafio está previsto para o dia 13 de agosto, em São Paulo.

No início da jornada, Carlos contou com a companhia de dois amigos: o ciclista mineiro Alisson Miranda e o maratonista paulista Robson Neves. “Mas como só consegui duas cotas de patrocínio (Crocs – que lhe fornece os pares de tênis e a Tegma Gestão Logística), eles tiveram que desistir”, explica.

Sozinho, Carlos confessa que, em certos momentos, a solidão é enorme. Só não desiste por conta das crianças e da lembrança dos pais, Neli Lima e Joaquim José, ambos nascidos em Itambé, interior baiano. “Minha mãe morreu  um mês antes da largada. Faxineira, não sabia ler e escrever até os 50 anos. Mesmo assim nos criou [ele e as  duas irmãs]. Antes de partir, pediu  que ajudasse aos mais necessitados. Isso que eu faço”.

Um comentário:

  1. Parabéns ao amigo corredor Carlos !!
    Bela iniciativa , fico emocionado em vê que ainda existe milhares de pessoas solidaria !!

    Parabéns a galera do Bahia run !!

    Romildo freitas
    www.avicor.blogspot.com

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